sexta-feira, 4 de novembro de 2011

E-books: novo suporte informacional

     A temática proposta na disciplina: "Informação em Mídias Digitais" nos introduz no caminho dos e-books. O novo suporte informacional possibilita a leitura utilizando dispositivos diferentes. Ele não busca substituir o livro impresso, pelo contrário, a função dele é oferecer ao leitor uma nova ferramenta alternativa de leitura, pensando naquelas pessoas que não tem tempo para visitar uma biblioteca, seja por motivos laborais, seja por fatores alheios ao cidadão. Os e-books nos permitem ler um obra sem a necessidade de ter que sair de casa, simplesmente basta ligar o computador e começar a usar.
     O surgimento do e-books não é recente, como muitas pessoas pensam. O história deste novo suporte informacional teve início em 1971, com o Projecto Gutenberg. Segundo Pinheiro (2011, p. 3) a origem dos ebooks pode ser retribuida a Michael Hart, da Universidade de Illinois, que disponibilizou uma biblioteca gratuita de livros digitais com uma colecção de mais de dois mil exemplares entre os quais se encontra um grande número de obras clássicas. O último lançamento, o mais atual, aconteceu em 2010, com a criação do iPad.
     A informação digital surge como consequência dos avanços tecnológicos ao longo da história. Esse fato, segundo Benício e Silva (2005, p. 3) contribuiu de forma significativa para a evolução dos suportes de informação, originando uma das mais revolucionárias invenções: a Internet. A partir desse momento de conquista e avanço, surgem as bibliotecas "sem paredes" e os livros eletrônicos, que permitiram o rompimento das barreiras geográficas, a livre circulação da informação e o surgimento do suporte digita, tal como comentam Benício e Silva (2005). 
      A explosão da informação na década de 80, o surgimento da Internet e os novos suportes informacionais, contribuíram para uma maior valorização do bibliotecário e da unidade de informação à qual ele representa. Como comentam Benício e Silva (2005, p. 6) agora o seu trabalho não é mais restrito aos limites físicos de uma biblioteca ou de uma coleção, pois o uso difundido da tecnologia a serviço da informação tem ultrapassado as barreiras físicas e institucionais. Com isto, o pensamento da biblioteca tradicional dos livros impressos começou a mudar, aceitando novas opções e recursos informacionais, se adaptando aos gostos e escolhas dos usuários e não apenas restringindo os caminhos de busca nas fontes, senão abrindo espaço para novas descobertas que a evolução humana nos oferece.
     Com relação às editoras, no início dos livros digitais, elas queriam vendê-los ao mesmo preço dos livros impressos. As mudanças globais e a desaceleração econômica está causando a fusão das grandes editoras, acabando com o mercado das mais pequenas. Segundo Soares (2009) à medida que os e-books começarem a representar um aumento percentual nas vendas, é possível que isso aconteça à custa da venda de livros impressos. Esses seriam alguns fatores negativos para pensarmos no fim do livro impresso.
                                                                  Figura 1 - E-books / livros impressos
     Na reportagem Soares (2009) continua destacando que as editoras precisam digitalizar rapidamente seus catálogos e diminuir o preço dos livros digitais. Os editores deveriam começar a se preocupar mais com o que funciona melhor para os seus negócios, seus autores e clientes, tendo como protagonistas principais os livros digitais e impressos.
     Portanto, devemos entender que os e-books chegaram para acrescentar um novo suporte informacional. Ambos, livro impresso e digital podem caminhar juntos, independentemente das diferentes opiniões e paradigmas. 



REFERÊNCIAS



BENÍCIO, C.; SILVA, A. Do livro impresso ao e-book: o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica. Biblionline, Paraíba, v. 1, n. 2, 2005.

PINHEIRO, C. História do e-book. IN: Congresso Brasileiro de Leitura Digital, Porto Alegre, 2011. 25 transparências.

SOARES, C. Novas escritas para a história dos e-books. Rio de Janeiro, Jornal do Brasil, 2009.


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