terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Avaliação do blog "Cultura Digital"

1 APRESENTAÇÃO
          O blog “Cultura Digital” pertencente à disciplina “Informação em Mídias Digitais”, ministrada pela professora Helen Beatriz Frota Rozados, foi criado utilizando a ferramenta Blogger, devido a que eu já tinha uma conta Gmail do Google. Dessa maneira, foi possível aproveitar os dados do meu login (e-mail e senha).
          Com relação ao processo de seleção dos conteúdos, decidi colocar no meu perfil uma foto e uma sucinta apresentação pessoal, permitindo-lhes aos usuários, dessa maneira, conhecerem o autor do blog. Também disponibilizei alguns links de jornais nacionais e internacionais, completando o caráter informativo do blog, sendo ele um ambiente virtual de leitura. Coloquei algumas informações relacionadas com a tradução da página, interessante para os visitantes internacionais e que não tiverem domínio com o idioma português, elaborei uma lista de blogs que acompanho, coloquei um mapa identificando os acessos dos visitantes e os lugares aos quais pertencem, uma barra com os vídeos do YouTube mais recentes, os seguidores do meu blog, o pronóstico do tempo, os marcadores para poder utilizar como indexadores no acesso aos posts, o arquivo do blog com todos os posts relacionados mês a mês. O blog não apresenta imagens como fotos na página principal.
          Durante as postagens não surgiram grandes dificuldades, utilizei a caixa de texto do blog para digitar as informações contidas nos posts. Fiz escolha de um layout simples, em uma cor escura, que permitisse, dessa maneira, destacar a cor da fonte do texto, melhorando a visualização. Coloquei imagens e vídeos nos textos de maneira complementar, enriquecendo os trabalhos dos assuntos relacionados com a disciplina.

2 AVALIAÇÃO
          O aspecto positivo foi a aprendizagem adquirida com a utilização desse novo suporte informacional. Permite a interação entre as pessoas, fomentando o diálogo, comentários e a troca de opiniões e formulação de novos conceitos sobre um assunto. Considero que não houve pontos negativos, e sim algumas limitações quanto ao domínio da ferramenta e potencialidade dos recursos oferecidos.
          Quanto à potencialidade desse suporte digital informacional, considero muito útil e aproveitável para a divulgação das produções intelectuais de um autor, permitindo conhecer os seus trabalhos, idéias, pensamentos e a linha temática. O blog “Cultura Digital” continuará ativo, oferecendo publicações dentro da área da Ciência da Informação, mais especificamente, a Biblioteconomia.
          Avaliando a disciplina “Informação em Mídias Digitais”, posso dizer que cumpriu com a minha expectativa. Sugiro que a disciplina continue sendo oferecida, além do número de alunos matriculados, pois permite desenvolver e aperfeiçoar o hábito da escrita e raciocínio. Essa possibilidade faz às pessoas pensarem e refletirem sobre os assuntos pertinentes à nossa área, elaborando conteúdos e usando os blogs como repositórios de informações que podem ser consultados por qualquer pessoa ou profissional da área. Como crítica se destaca o fato da interação, falta ainda um maior compromisso social, onde todos possam participar e criticar as idéias dos outros, buscando a construção coletiva do conhecimento. A troca de opiniões e a formulação de comentários aos posts dos colegas foram escassas.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
                    
          Concluo que, ao longo da disciplina me posicionei de acordo com o meu pensamento e fiz as postagens pertinentes relacionadas com o conteúdo da mesma. Tentei atender e dar consistência aos assuntos desenvolvidos, não fugindo da temática apresentada e demonstrando coerência quanto aos comentários e opiniões.  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Convergência das mídias: transformação cultural

     O nosso último post da disciplina “Informação em Mídias Digitais” faz uma viagem por todos os assuntos tratados ao longo do semestre, com informações e conhecimentos novos e adquiridos, e comenta sobre a tal ‘Cultura da Convergência’ e a interatividade das mídias digitais de informação em um suporte digital.
     Segundo Jenkins (2008, p. 27-28): “[ . . . ] a convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos.” A ideia do autor não representa o fato de reunir todas as mídias de informação tradicionais em um aparelho tecnológico só, em um único suporte, e sim entender que toda convergência acontece dentro dos cérebros desses consumidores individuais com as suas necessidades informacionais e em suas interações sociais com os outros. Essas interações fazem com que os consumidores das informações sejam protagonistas na construção de conhecimento e na tomada de decisões. É a inteligência coletiva, onde cada integrante sabe um pouco de alguma coisa e compartilha com os outros, transformando-se dessa maneira, em uma fonte alternativa do poder mediático. Conforme Jenkins (2008) nós estamos aprendendo a usar esse poder, com nossas interações, dentro da chamada cultura da convergência.
     A cultura da convergência inclui o conceito de que o consumidor da informação tem um papel ativo de cooperação na construção da produção das notícias, contrastando com a ideia da passividade dos espectadores dos meios de comunicação tradicionais.
     Mas o que realmente significa o termo convergência? Jenkins (2008, p. 27) define convergência como:
[ . . . ] fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes midiáticos, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam.


     Ou seja, a convergência é a interação e interconexão das mídias de informação tradicionais: rádio, televisão, jornal, telefone e computador. Independentemente do fato de elas se apresentarem em um único aparelho tecnológico ou em separados, o que interessa é a comunicação entre elas, de maneira a disponibilizar para as pessoas todas as informações atualizadas, sendo possível acessá-las em todas as horas, em todos os lugares, para todas as pessoas e em suporte digital, onde cresce o protagonismo do consumidor, dando-lhe liberdade para interagir, trocar pensamentos e, como comenta McLhuan (200?) alcançar os centros de produção de conhecimento que dão origem a essas notícias recebidas, possibilitando-lhe fazer e compartilhar comentários sobre essas informações. Um claro exemplo de convergência é o celular digital, que além de ser um meio de comunicação que permite conectar as pessoas para conversar, tal qual era a função do telefone convencional, permite s utilização para o acesso a Internet, escutar rádio, assistir televisão, etc.
     Para citar a referência da convergência com os posts do blog da disciplina, começarei pela criação do blog acadêmico. Ele apresenta o fator convergência das mídias de maneira clara e efetiva. Nele é possível observar a interatividade entre os textos produzidos, as imagens, os vídeos, além dos comentários postados pelos colegas, o que permite uma interação maior. O mesmo aconteceu com os fotoblogs, onde as fotos são armazenadas em repositórios digitais, onde qualquer pessoa pode fazer comentários, apreciações e manifestações de gosto. Outra ferramenta informacional que permite a visualização da convergência cultural e a transformação é o Twitter, definido como um correio eletrônico de até 140 caracteres, comparando-se com a carta tradicional. No primeiro a interação é dada on-line, veloz e instantânea, já na segunda, o processo de comunicação é mais lento e envolve outros fatores, como transporte da correspondência, que interfere na dinâmica do diálogo participativo.
     Outra mídia digital analisada incluiu os repositórios de vídeos digitais, os quais podem ser acessados via Internet, desde qualquer lugar do mundo e a qualquer hora, utilizando para que isso aconteça, um telefone celular, um computador, etc.
     Os jornais tradicionais também sofreram a transformação digital e fazem parte da cultura da convergência. Hoje eles interagem com outras mídias como rádio, televisão, outros jornais. Apresentam textos, fotos, vídeos, links de sites com notícias, além de permitir a participação e protagonismo dos leitores através de comentários, opiniões, sugestões, etc. Os jornais eletrônicos também oferecem uma gama de produtos e serviços que são muito úteis, por exemplo, anúncios com ofertas de emprego para as pessoas, agrupando-as conforme o perfil, profissão, idade, etc. Praticamente, hoje em dia é bem mais simples arrumar emprego pela Internet e sem sair de casa, isso é o que a convergência nos oferece.
     Os museus tradicionais e físicos mudaram bastante o seu pensamento e estão interagindo mais com os computadores e a Internet. Eles entenderam que também pode ser ganancioso tanto para eles como para as pessoas que frequentam essas instituições. As duas possibilidades, sem que uma exclua à outra, brinda ao consumidor o protagonismo e a liberdade da escolha. Os museus virtuais permitem o fácil acesso, é interativo e permite a interatividade com outras mídias: vídeos, fotos, textos, além da possibilidade da realização de comentários. Essa interação nos aproxima mais dos outros com suas ideias e pensamentos.
     As redes sociais e comunidades virtuais, outro assunto tratado na disciplina, nos mostra a importância desse fenômeno relacionado com a convergência. Essas redes permitem compartilhar e reunir várias mídias em um único formato digital: imagens, vídeos, notícias, mensagens, etc.
     Então, a convergência para ter sentido depende da participação ativa das pessoas, ou seja, dos consumidores da informação. Sem essa premissa, ela não teria razão de existir. Essa modalidade que inclui a tecnologia das ferramentas informacional, os suportes, causa uma mudança de paradigma comportamental e uma necessidade de adaptação à nova tendência, o que gera, conforme o texto de Jenkins (2008) uma nova cultura.
     Jenkins (2008, p. 28) faz uma apreciação relevante sobre a cultura da convergência:
[ . . . ] por haver mais informações sobre determinado assunto do que alguém possa guardar na cabeça, há um incentivo extra para que conversemos entre nós sobre a mídia que consumimos. Essas conversas geram um burburinho cada vez mais valorizado pelo mercado das mídias.

     Analisando a citação do autor, entendo que a convergência provoca uma mudança cultural dentro das pessoas, e uma preocupação a cada dia maior por conhecer as novas mídias, os novos canais tecnológicos de informação, que lhes oferece a possibilidade de se tornarem mais participativos e cooperativos dentro da sociedade na qual convivem.

Figura 1: Cultura da convergência
Fonte: Google Imagens
     A velocidade com que tudo acontece com relação aos avanços tecnológicos e descobertas, nos leva a pensar que é preciso se adaptar aos meios e circunstâncias, de maneira que permita direcionar os usuários pelo caminho apropriado, visando satisfazer as demandas informacionais e otimizando a recuperação da informação. Como futuro profissional da informação, penso que é possível convergir todos os elementos informacionais distribuídos nas diferentes mídias comentadas. A urgência informacional dos usuários caracterizada na atualidade só pode ser satisfeita a partir da convergência das mídias. O bibliotecário é o gerenciador das informações presentes nessas mídias, portanto, o responsável por fazer o bom uso delas, desenvolvendo a função de gestor, interagindo e contribuindo com a geração do conhecimento dos usuários.



REFERÊNCIAS

JENKINS, HENRY. Venere no altar da convergência. In: ______. Cultura da convergência. Tradução: Suzana Alexandria. [Nova York]: Aleph, 2008. p. 25-51. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/course/view.php?id=10743>. Acesso em: 15 nov. 2011.

MCLHUAN, Marshall. A convergência das mídias: do Mass ao Self Media. [s.l]: [s.n.], [200?]. Disponível em: <http://www.citi.pt/estudos_multi/joao_mesquita/index.html>. Acesso em: 16 nov. 2011.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Redes sociais e comunidades virtuais interativas

   O nosso encontro de hoje aborda um assunto pertinente ao momento atual da nossa sociedade. As redes sociais e comunidades virtuais misturam tecnologia, interação dos participantes e troca de informações. Possibilitam a cooperação e a construção de conhecimento necessário para o desenvolvimento dos indivíduos.
     Conforme Amaral (200?, p. 2) “As redes sociais emergem nos últimos anos como um padrão organizacional capaz de expressar, em seu arranjo de relações, as ideias políticas e inovadoras , nascidas do desejo de resolver problemas atuais.” Como observamos a origem das redes sociais tinha como objetivo a participação dos seus membros com o intuito de resolver questões que atingissem diretamente à sociedade. Dessa maneira, poderiam ser tomadas decisões em conjunto, visando atender as carências e demandas socialmente manifestadas.
     A emergência das redes sociais tem uma denotação cultural e apresenta a verbalização explícita das nossas idéias e pensamentos que dão sentido para a formalização de novos valores e tendências. Como comenta Amaral (200?, p. 2) é a base das relações, integração e cooperação, [...] que muitos vêem como a tônica das sociedades do futuro.
     Outro elemento que se encontra fortemente ligado às redes sociais é Web 2.0 semântica. A Web 2.0 é uma continuação da Web sintática que todos nós conhecemos. Silva (200?, p. 6) “A Web 2.0 são aplicações desenvolvidas na plataforma web que viabilizam a participação ativa dos participantes.” Nesse sentido a Web 2.0 maximiza o aproveitamento da inteligência coletiva.
     Dando uma definição de redes sociais, Silva (200?, p. 13) manifesta que: “Rede social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos.” Outro significado de redes sociais pode ser citado extraindo as informações apresentadas no vídeo da VipzeBrazilvix: 
[ . . . ] uma rede social é uma página da internet onde as pessoas se encontram, criam a sua rede de amigos, se reúnem em grupos ao redor de interesses comuns, como a música, o trabalho, o cuidado com o meio ambiente ou simplesmente para conhecer gente nova [ . . . ]” (VIPZEBRAZILVIX, 200?, informação verbal).

       Figura 1: O que são as redes sociais (VipzeBrazilvix)
                         Fonte: YouTube Videos
    
     Sobre a utilização dessas redes, em âmbito global, alguns dados estatísticos são apresentados em diferentes meios de comunicação. As informações coletadas expressam que temos 1 bilhão de pessoas nas redes sociais e 55% dessas tem mais de 35 anos de idade. (FANTÁSTICO, 2009, informação verbal). Essa “encontro” de pessoas na web cria uma nova modalidade de acesso e trocas de informações, de colaboração e participação entre seus integrantes, permitindo a livre opinião e a construção de novos modelos de sociedade.
     Outro fenômeno da web 2.0 semântica, as comunidades virtuais são cada vez mais utilizadas por pessoas de todas as idades e profissões. Conforme alguns pensadores, apreciamos que as comunidades sociais sejam:

[ . . . ] um tecido de relações sociais, que pode estar fundamentada em uma território (uma cidade), em interesses comuns (associações, clubes), ou em características comuns dos sujeitos (colégios de advogados), mas a comunidade que nos interessa sobre tudo que supõe uma defiinição da interação humana como constitutiva da realidade social, redimensionando o sujeito como pessoa socializada em um grupo concreto, com suas representações sociais e valores culturais. (ARCE; PÉREZ, 2001, p. 216, tradução nossa).

      As comunidades virtuais seguem a mesma tendência das redes sociais. Elas permitem a circulação da informação, usam a Internet como espaço de conversação e como potencial espaço de congregação e mobilização, são contruidas pela apropriação e como protagonista principal, elas contam com as pessoas como fator obrigatório.
     A comunidades se criam conforme os grupos e interesses sociais desses grupos. O compartilhamento de gostos e ideias permite a sua constituição. Elas são mantidas através da consolidação da comunicação, na busca de objetivos que satisfaçam necessidades coletivas de informação.

Figura 2: Redes sociais
Fonte: YouTube Imagens

    
    O profissional da informação (museólogo, bibliotecário e arquivista) pode utilizar as redes e comunidades virtuais dentro de suas unidades de informação, buscando o diálogo e a troca de informações com seu público. Isso leva a uma relação de confiança, criando um clima agradável e de bem-estar. A utilização das redes sociais deixa o usuário mais à vontade para fazer sugestões, comentários, refletir sobre possíveis mudanças relacionadas com os serviços e recursos que o centro de documentação lhes oferece. Esse diálogo permite trabalhar na qualidade dos produtos e serviços que as unidades de informação oferecem, buscando a otimização e o desenvolvimento de novas alternativas de recuperação da informação.
     A nova modalidade de acesso às fontes de informações digitais reflete mudanças de comportamento na sociedade e do profissional da informação, responsável por tratar, organizar e disseminar informações de todos os tipos e nos mais variados suportes informacionais. O profissional da informação tem o compromisso de conhecer esses novos meios de comunicação, tem a responsabilidade pela operacionalidade e busca das informações em formato digital, que visem suprir as necessidades informacionais dos usuários,  indicando os caminhos corretos para eles encontrarem o que necessitam, seja nas redes sociais como em comunidades virtuais.
     Existem muitas unidades de informação que usam as redes sociais como mecanismo de interação com seus usuários. Rozados (200?, p. 17) apresenta alguns exemplos de redes sociais relacionados com a Biblioteconomia, entre eles: A Teacher Librarian Network, que é uma rede social dedicada aos bibliotecários e educadores. Os participantes dessa comunidade podem participar de fóruns, criar blogs e grupos sobre temas específicos. Outro espaço colaborativo é o Bibliotecários 2.0, sendo uma rede social que utiliza tecnologias Web 2.0, no desempenho de atividades do profissional da informação e documentação.



REFERÊNCIAS


AMARAL, V. Redes: uma nova forma de atuar. [s.l.]: [s.n.], [200?].

ARCE, V. S.; PÉREZ, T. S.  Las comunidades virtuales y los portales como escenarios de gestión documental y difusión de información.  Anales de Documentación, Múrcia, n. 4, p. 215-227, 2001.

FANTÁSTICO. Redes Sociais na internet. [São Paulo]: [s.n.], 2009. 1 video (5:21 min.). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=-CnYL5Jml6Q>. Acesso em: 11 nov. 2011.

ROZADOS, H. B. F. Comunidades virtuais e redes sociais. Porto Alegre: FABICO/UFRGS, [200?]. 20 transparências.

SILVA, R. S. da. Web 2.0: o poder do compartilhamento nas redes sociais. [s.l.]: [s.n.], [200?]. 26 transparências.
VIPZEBRAZILVIX.  O que são as redes sociais. [s.l.]: [s.n.], [200?]. 1 video (2:55 min.). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=pEZClyqnNEM&feature=related>. Acesso em: 11 nov. 2011.  

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Webmuseus: acesso ao conhecimento

     A sequência dos posts nos leva a viajar pelo mundo, a descobrir lugares inimagináveis e a ingressar nos museus virtuais. A Internet, juntos com os avanços tecnológicos, nos permite conhecer os museus experimentando uma nova modalidade: a visita virtual. Hoje em dia, é possível apreciar a cultura, representada pelos objetos construídos pelo homem, sem sair de casa. Neste contexto, é preciso dar uma definição de museu, que conforme Oliveira (2007, p. 150) expressa: “[ . . . ] museu é sinônimo de coleção, de acervo, de documentação, conservação, exposição e informação de qualquer tipo de objeto, organizado por alguém ou por uma instituição, com ambição de apresentar ao público, criar formas educativo-pedagógicas, pesquisa e extensão.” Esse pensamento permite entender que o museu como instituição cultural nos mostra a memória, a história e a vida de uma sociedade. Ele tem como finalidades: a educação, a instrução, o conhecimento e o entretenimento dos visitantes. 
     Desde sempre conhecemos os museus em sua forma física, com exposições permanentes, visitas guiadas e de aproximação com os objetos.  Uma nova modalidade de visita aos museus refere-se ao museu na web, como nos explica Carvalho (2008, p. 83):

Com a expansão da rede na década de 90, multiplicaram-se sites de Museus, dedicados aos mais diferentes temas, com nomes e tipologias, permitindo ao usuário da Internet “visitar”, num mesmo dia, museus localizados fisicamente em diferentes continentes. Muitos destes sites são espelhamentos de instituições museológicas construídas no espaço físico. Essa capacidade de alcance possibilitada pelas redes eletrônicas chegou a despertar o questionamento de que os museus físicos pudessem ser substituídos por seus equivalentes digitais.

     Logo da contextualização dos webmuseus, fiz uma viagem imaginária pelo mundo, percorrendo museus de diferentes nações. Tive a oportunidade de visitar em um mesmo dia, museus localizados a vários quilômetros de distância, por diferentes países e continentes. Os museus devem ser entendidos como uma porta de acesso que abre para nós conhecer e aprender sobre a essência e origem de um povo ou nação. Existem categorias de museus e que segundo Schweibenz (2004 apud CARVALHO, 2008, p. 3) as define como: Museu Folheto (the brochure museum): apresenta informações básicas sobre o museu, informando seu potencial aos visitantes; Museu de Conteúdo (the content museum): apresenta as informações relacionadas aos objetos, como a base de dados da coleção; o Museu do Aprendizado (the learning museum): oferece informações orientadas ao contexto em vez do objeto e o Museu Virtual (the virtual museum): não tem acervo físico e pode fazer conexões com coleções digitais de outros museus.
     A partir das visitas virtuais realizadas pelos diferentes museus pude elaborar as seguintes informações:
Ø  Museu do Iraq: webmuseu muito legal, retratando atualmente a história antiga. Pode ser considerado um museu do aprendizado por apresentar informações relacionadas ao contexto a partir do objeto. Site interativo, com descrições, vídeos e a possibilidade do visitante “passear” pelo museu, selecionando a informação que deseja obter. Atrai o público visitante e causa curiosidade na hora de percorrer o museu.
·         Museu Virtual de Arte Brasileira (MVAB): museu virtual do tipo museu folheto, com informações básicas sobre a instituição e os artistas, incluindo biografia, bibliografia, etc. Não é muito interativo quanto o Museu do Iraq;
·         Web Gallery of Art: deixa claro que é um museu virtual e banco de dados para pesquisa sobre pintura e escultura européias. Bem organizado, entre os vários serviços oferecidos se destaca a ferramenta de busca para localização das obras, glossário de termos e banco de dados. Voltado para tipo de museu do conteúdo;
·         Museo Virtual de Artes El Pais (MUVA): Muito interativo, deixa claro que é um museu totalmente virtual, sem acervo físico.
·         Museu de Arte de São Paulo (MASP): webmuseu que reflete o museu físico, apresentando as exposições. Com bastante texto, voltado para o museu do aprendizado.
·         Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS): webmuseu que expõe virtualmente o acervo físico. Chama a atenção por disponibilizar um tour virtual de determinadas exposições, como a do Realismo da França, de maneira muito interativa.
·         Museu da Pessoa: Um Museu Virtual muito interessante e diferenciado por apresentar histórias de pessoas, construindo assim uma rede de histórias com a finalidade de valorizar cada história na sociedade.  Museu virtual com conexão com redes digitais externas, ou seja, visa construir uma rede internacional de histórias buscando mudanças sociais. Possui uma biblioteca com acervo constituído de artigos e teses relacionadas à história e memória oral. Possui também uma livraria digital que disponibiliza edições gratuitas.
     Ao longo do percurso e visitas nas instituições culturais virtuais, verifiquei que são muitas as vantagens dos webmuseus: acesso rápido e facilidade para chegar até os objetos e às exposições; permissão de acesso aos bancos de dados dos objetos; conhecimento das biografias dos artistas; contextos dos objetos; histórias de vidas; artigos e teses; uso de recursos tecnológicos para explorar as exposições, tais como vídeos e tours on-line; acesso a museus de qualquer lugar do mundo sem sair de casa; novas informações e conhecimentos; entre outros.
     Quanto às desvantagens, concordo de certa maneira com o pensamento de Oliveira (2007) que manifesta que no futuro o público pode se contentar com visitas aos acervos e exposições no ciberespaço, deixando de ir ao museu presencial, se acostumando com essa nova modalidade que a tecnologia da informática oferece. Com certeza não é a mesma coisa visitar um museu virtual do que um museu físico. A maneira de apreciação e observação é diferente, porém, para quem não tem a possibilidade de realizar uma visita presencial a uma dessas instituições, seja por falta de recursos ou escassez de tempo, a visita virtual é considerada uma ótima opção, é outra maneira de acesso ao conhecimento. Ambas alternativas são válidas, reconhecidas e aceitas, a visita aos webmuseus não impede a visita física, pois a emoção vivenciada de estar no lugar dos acontecimentos é inigualável, mas como anteriormente manifestei, as distâncias geográficas podem ser um obstáculo.  
     Como o museu é um lugar de interação cultural, de aprendizagem e de geração de novos conhecimentos, ele adota um papel fundamental como fonte de informação institucional. Na disseminação da informação, tem uma função especial:

Como aparatos informacionais, os museus produzem e processam informações extraídas dos itens de suas coleções – individualmente ou em conjunto - de modo a gerar novas informações. Tais operações podem ser realizadas internamente, no âmbito de suas atividades de rotina (particularmente a documentação e a exposição), ou externamente, por estudiosos que invocam como testemunham ou recorrem aos mesmos na qualidade de documentos. (NIEMEYER; LOUREIRO, 2004, p. 102).



     Portanto, os webmuseus oferecem uma nova alternativa de acesso ao conhecimento. São fontes de informação que buscam satisfazer as demandas dos visitantes e além do mais, o enriquecimento cultural que permita o progresso da sociedade.
           



REFERÊNCIAS

CAVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na internet e o visitante virtual. Museologia e Patrimônio, [Rio de janeiro], v. 1, n. 1, p. 83-93, jul./dez. 2008. Disponível em: <http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/issue/view/2/showToc>. Acesso em: 05 nov. 2011.


NIEMEYER, Maria Lucia de; LOUREIRO, Matheus. Webmuseus de arte: aparatos informacionais no ciberespaço.  Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 2, p. 97-105, maio/ago. 2004. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101649>. Acesso em: 06 nov. 2011.


OLIVEIRA, José Cláudio. O museu digital: uma metáfora do concreto ao digital. Comunicação e Sociedade, [São Paulo], v. 12, p. 147-161, 2007. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101648>. Acesso em: 05 nov. 2011.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

E-books: novo suporte informacional

     A temática proposta na disciplina: "Informação em Mídias Digitais" nos introduz no caminho dos e-books. O novo suporte informacional possibilita a leitura utilizando dispositivos diferentes. Ele não busca substituir o livro impresso, pelo contrário, a função dele é oferecer ao leitor uma nova ferramenta alternativa de leitura, pensando naquelas pessoas que não tem tempo para visitar uma biblioteca, seja por motivos laborais, seja por fatores alheios ao cidadão. Os e-books nos permitem ler um obra sem a necessidade de ter que sair de casa, simplesmente basta ligar o computador e começar a usar.
     O surgimento do e-books não é recente, como muitas pessoas pensam. O história deste novo suporte informacional teve início em 1971, com o Projecto Gutenberg. Segundo Pinheiro (2011, p. 3) a origem dos ebooks pode ser retribuida a Michael Hart, da Universidade de Illinois, que disponibilizou uma biblioteca gratuita de livros digitais com uma colecção de mais de dois mil exemplares entre os quais se encontra um grande número de obras clássicas. O último lançamento, o mais atual, aconteceu em 2010, com a criação do iPad.
     A informação digital surge como consequência dos avanços tecnológicos ao longo da história. Esse fato, segundo Benício e Silva (2005, p. 3) contribuiu de forma significativa para a evolução dos suportes de informação, originando uma das mais revolucionárias invenções: a Internet. A partir desse momento de conquista e avanço, surgem as bibliotecas "sem paredes" e os livros eletrônicos, que permitiram o rompimento das barreiras geográficas, a livre circulação da informação e o surgimento do suporte digita, tal como comentam Benício e Silva (2005). 
      A explosão da informação na década de 80, o surgimento da Internet e os novos suportes informacionais, contribuíram para uma maior valorização do bibliotecário e da unidade de informação à qual ele representa. Como comentam Benício e Silva (2005, p. 6) agora o seu trabalho não é mais restrito aos limites físicos de uma biblioteca ou de uma coleção, pois o uso difundido da tecnologia a serviço da informação tem ultrapassado as barreiras físicas e institucionais. Com isto, o pensamento da biblioteca tradicional dos livros impressos começou a mudar, aceitando novas opções e recursos informacionais, se adaptando aos gostos e escolhas dos usuários e não apenas restringindo os caminhos de busca nas fontes, senão abrindo espaço para novas descobertas que a evolução humana nos oferece.
     Com relação às editoras, no início dos livros digitais, elas queriam vendê-los ao mesmo preço dos livros impressos. As mudanças globais e a desaceleração econômica está causando a fusão das grandes editoras, acabando com o mercado das mais pequenas. Segundo Soares (2009) à medida que os e-books começarem a representar um aumento percentual nas vendas, é possível que isso aconteça à custa da venda de livros impressos. Esses seriam alguns fatores negativos para pensarmos no fim do livro impresso.
                                                                  Figura 1 - E-books / livros impressos
     Na reportagem Soares (2009) continua destacando que as editoras precisam digitalizar rapidamente seus catálogos e diminuir o preço dos livros digitais. Os editores deveriam começar a se preocupar mais com o que funciona melhor para os seus negócios, seus autores e clientes, tendo como protagonistas principais os livros digitais e impressos.
     Portanto, devemos entender que os e-books chegaram para acrescentar um novo suporte informacional. Ambos, livro impresso e digital podem caminhar juntos, independentemente das diferentes opiniões e paradigmas. 



REFERÊNCIAS



BENÍCIO, C.; SILVA, A. Do livro impresso ao e-book: o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica. Biblionline, Paraíba, v. 1, n. 2, 2005.

PINHEIRO, C. História do e-book. IN: Congresso Brasileiro de Leitura Digital, Porto Alegre, 2011. 25 transparências.

SOARES, C. Novas escritas para a história dos e-books. Rio de Janeiro, Jornal do Brasil, 2009.