sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vídeos como fontes de informação educacional

     A vertiginosidade e o dinamismo dos tempos modernos causa o surgimento de novas tecnologias e suportes informacionais. Dentro desse marco, os vídeos se apresentam como uma atraente ferramenta expositiva e educacional. Repassam saberes, mensagens, imagens, significados e nos conectam com a realidade, permitindo relacionar o passado com o presente. Conforme o pensamento de alguns autores, entre eles Moran (1995, p. 2): 

O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele -nos toca e ‘tocamos’ os outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos.  

      Eles existem há muito tempo, desde os tempos da televisão em preto e branco. Primeiramente tivemos a explosão dos vídeos em VHS, muito procurados e assistidos na época. Aos poucos foram conquistando o interesse e o agrado do público perante à novidade do produto. Começaram a ser utilizados por professores como fontes de informação com fins educativos. Hoje em dia poucas pessoas se valem do recurso, seja por causa de localização e acessibilidade, seja pela manifestação e aparição do vídeo digital. 
     A vantagem do vídeo digital com relação ao vídeo convencional ou VHS é que ele ficaria disponível na Web, aumentando dessa maneira, o número de pessoas que poderiam acessá-lo. Entretanto, Dallacosta (2004, p. 2) expressa que: "[...] o ideal ainda seria que houvesse uma indexação do vídeo por palavra-chave, assim, ao se digitar uma palavra, poder-se-ia localizar a temática em estudo, mesmo se esse tema não fosse o tema central do vídeo, exibindo-o a partir da palavra-chave localizada." 
     Pensando na construção do conhecimento e o papel do vídeo como fonte de informação, as imagens em movimento assumem um protagonismo com o qual a escola não pode competir. Na atualidade, os jovens são o grupo da sociedade que mais se apropria das informações apresentadas nos vídeos e os que mais consomem os sites relacionados com  esse suporte informacional. Dallacosta (2004, p. 2) manifesta que: "[...] se ao contrário os professores utilizarem-se deste recurso junto a uma proposta de currículo integrado, parece-nos que a escola se tornará mais próxima da realidade dos alunos e conseqüentemente mais interessante para estes."
     O vídeo como fonte de informação pode representar documentários, palestras, desenhos, esportes, música, vídeo-conferências, vídeo-aulas, etc. Na Internet, a página do site de vídeos You Tube é um dos mais visitados e linkados, de acesso livre, onde qualquer pessoa pode postar seu vídeo, de maneira a interagir com outros visitantes e fazer comentários dos vídeos publicados. Conforme Rozados (2009, p. 46), na atualidade, o vídeo permite aos alunos de ensino à distância terem a oportunidade de contar com um material didático e moderno mediado por recursos de multimídia como animações, links planejados para pesquisa, chats e fóruns de discussões e trocas de opiniões. "Para os alunos é um ambiente moderno, atrativo e interativo, que torna a 'sala de aula' um não lugar dentro de um não tempo." (ROZADOS, 2009, p. 47).


Educação à distância - Pierre Levy
Fonte: You Tube


     Portanto, posso concluir que os vídeos como fontes de informação permitem o aprendizado e conhecimento. Convencional ou digital, o vídeo é um excelente recurso a ser usado pelos professores em sala de aula ou no ensino à distância.
    
         
           




REFERÊNCIAS



DALLACOSTA, A. et al. O vídeo digital e a educação. XV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação - SBIE - UFAM - 2004.

MORAN, José Manuel. O Vídeo na Sala de Aula. Comunicação & Educação, São Paulo, ano I, n. 2, p. 27-35, jan./abr. 1995. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/comueduc/artigos/2_27-35_01-04_1995.htm>.  Acesso em: 30 set. 2011.

ROZADOS, H. B. F. Objetos de aprendizagem no contexto da construção do conhecimento. C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v. 2, n. 1, p. 46-63, jan./dez. 2009.

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